Nas misérias luxuosas
vejo me, a luz em almas ociosas.
Vejo te, o alvo de pedras, preciosas.
Infâmias, sabes que não viverás hoje,
faltosas.
O tempo que foi esqueceu de carregar
as pobres almas, desafiadoras!
Entre os magníficos estupores
vejo-me, a sombra que vive aos
arredores.
Vejo-te, a presença, ingênua, dos
predadores.
Verdades, sabes que deixou o amanhã
dos vencedores.
Para juntar-se aos ratos, os donos e
quem não sabe enxergar, vencedores!
Aquelas verdades infantis
vejo-me, o brilho cega de seus olhos
juvenis.
Vejo-te, a piedade insignificante da
pobre meretriz.
Vivências, sabes que no túnel
retrocedente da falta que é atriz.
Verás o futuro, logo lá, obscuro,
claro demais cegando mais alguma raiz!
Daqueles dias nos cantos escuros
vejo-me, a sombra desafiadora dos dias
futuros.
Vejo-te, a estrela brilhante colocada
acima do azul obscuro.
Tempestades, sabes que ela te
acompanhará como a amante ao rosto oculto.
E entenderás as falhas e noites que
carregam os dias da pátria amada do mundo!
Onde a razão, assemelha a negação.
Filho de seus filhos, irmão da
proibição.
Azul, verde, amarelo e invisível,
cor que pinta as mentes de seus
frutos!
Vejo-me, contigo, vejo-te logo ali:
acima do inferno e abaixo do céu,
no lugar onde todos nós somos réus.
Mesmo sem culpa e nem para onde ir!
Raiz